Encontrei por ai...

Isso é autobiográfico?

- Só sei que nós nos amamos muito...
- Por que você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
- Não, eu falei no passado!
- Curioso né? É a mesma conjugação.
- Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
- E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações...
- Pensar assim me assusta.
- Por que? Você acha isso ruim?
- É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais...
- Você usou o verbo 'doer' ou 'doar'?
- [Pausa] Pois é, também dá no mesmo..."

Não somos os mesmos, ainda assim, os mesmos!

Quem me dera ter 18 anos denovo, com a cabeça que tenho hoje. Talvez quem me vê por fora nem nota diferença, mas muita coisa mudou, a atitude de saber pesar mais, saber enxergar duas medidas em decisões que parecem identicas. Saber onde e quando estar, saber recuar, saber mudar de assunto sem precisar mentir, ou ás vezes encerrar o assunto com um simples: "vamos mudar de assunto".
Realmente o tempo passa, e a gente vai mudando, não só a forma física, os traços no rosto, mas a forma de encarar as coisas, e se há dor, se aprende mais rápido, talvez por isso essa firmeza em minhas decisões, aquela coragem de encarar o mundo, de olhar através do reflexo na água, ver algo além de mim, perder aquele egocentrismo da adolescencia de achar que tudo comigo dá errado, que tenho menos que todo mundo, e quando isso parece verdade? Bem, nessas horas a maturidade chega e me diz: "Busque o que lhe falta".
Quando a gente vai perdendo as coisas que quis ter para sempre, seja um parente que ama, uma família que se batalhou para construir, seja até mesmo o lugar onde pode-se chamar de lar, perde-se quem se ama e quem lhe amou, amigos que estavam sempre presentes, parece que nada mais vai dar certo, e o dia seguinte é so o dia seguinte, mas não, o dia seguinte é O DIA.
O dia de recomeçar, de olhar para frente, de apagar o que se perdeu, se livrar do que nos prendeu. Amadurecer é saber admitir que foi derrotado, mas é ter forças para dizer, ainda vou vencer... é subir uma escada, tropeçar e cair alguns degraus abaixo, olhar para cima e pensar ainda que por um instante: "Ainda falta tudo isso", mas completar com um: "Vou chegar".
Ninguém chegou ao topo nessa vida, porque é sempre uma luta sem fim, para todos. Alguns estão bem acima, outros bem abaixo, mas todos se encontram em um degrau diferente, e a medida que se sobe mais um, inevitavelmente faz com que alguém caia um, ou eleve um, pois o primeiro da fila quando conclui a sua escalada parte para outro plano, dando a posição dele a outrém, e quando se sobe um degrau sem que alguem tenha completado sua escala, empurra-se alguém para baixo.
Minha meta é estar no topo, mas com esses passos leves, que me fazem enxergar todos os fatos, um a um, sem perder nenhum...

"Se a briza der lugar a um sol ardente, não vou questionar o calor, vou apreciá-lo, vou resisti-lo, e vou esperar a próxima sombra"

Então virou menos amor, só para não deixar de ser amor...

Então ela acordou, viu o mundo de verdade, viu que não existiam tantos verdes como enquanto ela estava sendo levada pelos sonhos, viu que as nuvens não eram alvas, mas sim grandes figuras acinzentadas que escurecia o dia, que nos sonhos dela pareciam tão ensolarados.
Ela partiu com uma rosa murcha, que em seus sonhos parecia tão vigorosa e com um vermelho intenso. Nada era como no sonho, era tudo tão real, tão parecido com os outros que ela viu ao seu redor antes de dormir.
Não havia magia, era tudo tão simples, ele não era diferente dos outros, era apenas mais um, e as vezes um pouco mais bruto e mal trabalhado...
Então ela partiu levando consigo todo amor que um dia ela guardou para dá-lo todo de uma vez, mas a pedido dele aceitou doar aos poucos... ela estava levando o melhor do seu amor, mas continuou amando-o, não como antes, mas ainda sim era amor. Não havia paixão, desejo, carinho, mas havia repeito, respeito a uma lembrança linda de um sonho que ousou se tornar real.
Ela partiu com lágrimas nos olhos... ele? Ele ficou sem entender nada, em sua mente apenas o questionamento: "Mas o que mais ela queria? Eu não já estou aqui?"... Coitado, não sabia ele que o rascunho que ele apresentara em nada se parecia com a obra prima que sobre o esboço dele ela desenhara.

A-M-O-R

Amor: Quatro letras, tantas palavras!

E quem disse que não estou bem?

Amor é sonho, que quando acorda, acaba-se!

Vai em busca de seus sonhos, prometo não interferir...

A obrigação de agradecer (Dayvson Santos)

As pessoas lhe pedem para respirar suave
Mas parece ser esse o momento em que é mais difícil
Como se estivesse submerso a uma enorme piscina de água fria
E a cada dia, subimos mais um degrau de nosso precipício

As pessoas chegam cheias de boas intenções
E nos machucam um pouco mais sem perceber
Anoitecemos só num quarto escuro e frio
E ainda somos obrigados a agradecer

Eram dois sonhos, dois corações, dois lugares
E até onde lembro, não foi esse o romance que planejamos
Se sinta só, aprecie sua decisão
E quem sabe então, você e eu descubramos que já não nos amamos

As pessoas dizem que estou errado, que sou culpado
Cabe a mim aceitar ou não tanta condenação
Eu vou fazendo o errado que julgo certo
E não deixo seu orgulho me impor essa condição

Estou livre, e talvez quisesse estar prezo agora
Se não a você, ao sentimento que já senti
Agora que você recolhe seus lençóis suados
Eu peço desculpas pelo pouco que tive e nunca agradeci

Eramos prezos, noutras livres, dois mundos
Eu não me pareço com alguém que você deveria amar
Eu não quero lembrar de nada além desse momento agora
Onde cacos de vidros são varridos e jogados em seu devido lugar

Vivo esse momento, não como se fosse o ultimo
Apenas vivo como se fosse meu
Eu não quero velejar mais, você parou de remar, eu vou mergulhar
E sabe aquela noite que fiquei em claro você não me agradeceu

O que é amor?

Ontem eu sai de casa, fui tentar me divertir e descobri que não sou o mesmo de antes. Não sei se isso se chama amadurecimento, que já está vindo tardio, mas enfim, não descobri em mim aquela velha gargalhada, que mesmo em dias amargos me escondiam a tristeza. Eu não era mais aquele menino-homem.
Parei para pensar na minha posição em relação ao mundo e percebi que quase nada tenho da infância a não ser lembranças, da adolescência, só saudades, e das pessoas a minha volta, apenas um pouco de atenção. Eu não vejo mais o amor nas pessoas que diziam que me amavam, talvez por que não era amor. O amor sempre me foi cobrado de uma forma particular, do tipo, "te amo assim, e é assim que deves me amar"... Amor não é isso, ao menos não o meu amor... O meu amor é livre, ele dá o direito de ir e vir, sem querer nada em troca, eu amo pelo simples fato de amar, e talvez por isso apenas uma vez disse "Eu te amo", sem amar de verdade... Sei que amo, quando após discutir com minha mãe por algo que me machucou eu me tranco no quarto com vontade de chorar e peço a Deus desculpas por ter elevado o tom para ela, em seguida peço desculpas, e aceito, ainda estando certo que eu errei... quando penso que se ela partir deste mundo, eu morrerei também, e peço todos os dias para que isso nunca ocorra, ainda que isso seja inevitável. Amor é quando vejo minha irmã se perdendo por tão pouco e sinto que a culpa é minha, é quando sinto vontade de abraçá-la chorando e dizer: "Dizes-me o que sente falta, e eu te ajudo a construir...", e ter vontade de sangrar para que ela esteja curada... O amor para mim é gostar de alguém que está longe de uma forma não efemera, e querer bem a esse alguém, querer a presença dela nos dias mais dificeis, e nos mais fáceis... é estar oculpado, mas ter o pensamento nela, é descobrir aos poucos que o meu amor é ela, e que alguns pequenos detalhes são apenas ruídos de uma mensagem que muitas vezes se quebra pelo caminho...
O amor não é nada de outra dimensão, é tão simples, ele não precisa fazer grandes coisas, mas as pequenas coisas que ele constroi, duram para SEMPRE, ainda que esse SEMPRE, um dia acabe!

Morto por dentro

De repente não era eu o seu principe
De repente o para sempre deu denovo aquela pausa
De repente o meu carinho era frio e distante
De repente o seu amor não era mais aquele colchão macio
De repente eu não tinha mais aquele sorriso
De repente você não me tinha mais aquela atênção
De repente tudo acabou
Mas sei que de repente a gente volta a ser o que eramos
De repente não...

A maresia enferrujou os sentimentos

Assim meio que de repente eu era seu, mas sem deixar de ser meu, a parte que me cabia escondi, a parte que lhe cabia você está devolvendo, mas eu nem me lembrava o que era ter as duas partes, e creio que agora, uma parte de mim está sobrando.

Tudo é mais chato no domingo a noite

Que saudade a gente sente
(Dayvson Santos)

Esse sentimento se tornou saudade
Porque não soubemos cultivar quando foi amor
Mas não há culpados, também não somos inocentes
Sem mágoas, não revelo a ninguém que sinto dor

Por quantas vidas passei
sofri, busquei
Em nenhuma delas me encontrei
Mas em todas elas me perdi

Que saudade a gente sente
Do tempo de colegial
Do primeiro amor
Do fim de ano, e do carnaval

Que saudade a gente sente
Do amor que não deu certo
Do aniversário de dezoito anos
Dos amigos que estavam sempre por perto

Ás vezes me sinto tão velho
Para tentar recomeçar
Ou para correr atrás do que perdi
Para simplesmente chorar

Aqui sozinho no quarto
Vou relembrando os anos que vivi contigo
Agora que minha unica amiga é minha namorada
Me pergunto se me restou algum amigo

Que saudade a gente sente
Da infância, da inocencia
Eu não lembro quando foi a última vez
Que eu fui feliz como na época da minha adolescencia

Meus sonhos entreguei
Devolvi os sonhos que roubei
Eu peço desculpas se lhe machuquei
Mas eu também me machuquei

Que saudade a gente sente
Daquele doce que acabou pela metade
Daquelas noites acordado na calçada
De quando eu era feliz de verdade

Que saudade a gente sente
De uma pessoa que já morreu
Do abraço que deixamos de dar
Do dia lindo que simplesmente anoiteceu

Vou passar a vida toda esperando
Que o tempo dê um jeito nessa minha agonia
Eu não atingi nada do que planejei
Mas tenho nas mãos quase tudo o que queria