Então virou menos amor, só para não deixar de ser amor...

Então ela acordou, viu o mundo de verdade, viu que não existiam tantos verdes como enquanto ela estava sendo levada pelos sonhos, viu que as nuvens não eram alvas, mas sim grandes figuras acinzentadas que escurecia o dia, que nos sonhos dela pareciam tão ensolarados.
Ela partiu com uma rosa murcha, que em seus sonhos parecia tão vigorosa e com um vermelho intenso. Nada era como no sonho, era tudo tão real, tão parecido com os outros que ela viu ao seu redor antes de dormir.
Não havia magia, era tudo tão simples, ele não era diferente dos outros, era apenas mais um, e as vezes um pouco mais bruto e mal trabalhado...
Então ela partiu levando consigo todo amor que um dia ela guardou para dá-lo todo de uma vez, mas a pedido dele aceitou doar aos poucos... ela estava levando o melhor do seu amor, mas continuou amando-o, não como antes, mas ainda sim era amor. Não havia paixão, desejo, carinho, mas havia repeito, respeito a uma lembrança linda de um sonho que ousou se tornar real.
Ela partiu com lágrimas nos olhos... ele? Ele ficou sem entender nada, em sua mente apenas o questionamento: "Mas o que mais ela queria? Eu não já estou aqui?"... Coitado, não sabia ele que o rascunho que ele apresentara em nada se parecia com a obra prima que sobre o esboço dele ela desenhara.