A obrigação de agradecer (Dayvson Santos)
As pessoas lhe pedem para respirar suave
Mas parece ser esse o momento em que é mais difícil
Como se estivesse submerso a uma enorme piscina de água fria
E a cada dia, subimos mais um degrau de nosso precipício
As pessoas chegam cheias de boas intenções
E nos machucam um pouco mais sem perceber
Anoitecemos só num quarto escuro e frio
E ainda somos obrigados a agradecer
Eram dois sonhos, dois corações, dois lugares
E até onde lembro, não foi esse o romance que planejamos
Se sinta só, aprecie sua decisão
E quem sabe então, você e eu descubramos que já não nos amamos
As pessoas dizem que estou errado, que sou culpado
Cabe a mim aceitar ou não tanta condenação
Eu vou fazendo o errado que julgo certo
E não deixo seu orgulho me impor essa condição
Estou livre, e talvez quisesse estar prezo agora
Se não a você, ao sentimento que já senti
Agora que você recolhe seus lençóis suados
Eu peço desculpas pelo pouco que tive e nunca agradeci
Eramos prezos, noutras livres, dois mundos
Eu não me pareço com alguém que você deveria amar
Eu não quero lembrar de nada além desse momento agora
Onde cacos de vidros são varridos e jogados em seu devido lugar
Vivo esse momento, não como se fosse o ultimo
Apenas vivo como se fosse meu
Eu não quero velejar mais, você parou de remar, eu vou mergulhar
E sabe aquela noite que fiquei em claro você não me agradeceu
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