Aquela dor de amar
(Davy Kemp)
Me doeu por muito tempo não ouvir meu nome soletrado dos seus lábios, Deus sabe como desejei voltar no tempo e segurar você firme contra meu corpo e dizer “te amo”, e como lamentei a realidade de que o tempo não volta.
As vezes eu ficava pensando nas oportunidades perdidas, e de como eu as vezes fui imaturo no assunto amor, porque por mais que eu me entregasse, por mais que eu me doasse, eu sempre pecava quando nós tínhamos algum conflito, pois eu nunca sabia como pedir perdão, mas sempre soube perdoar, você não.
Lembro-me das vezes que eu lhe falei de como sentia meu amor adoecer e você nada sabia dizer além de que tinha medo de me perder, você nunca soube lutar pelo meu amor, apenas desejava-o, sem nunca fazer muito para tê-lo.
Eu nunca culpei você por ferir meus sentimentos, pois era inevitável, eu já me machucava muito por amar você, pois no fundo tinha a convicção de que eu amava sozinho, você apenas era recíproca a meus beijos e carinhos, apenas culpo você por não ser honesta.
Sinto saudades de como me doía ver você passar por mim e fingir não me ver, sinto saudades daquela dor que me fazia sentir vivo, mas que perdi, agora que você não me provoca nenhuma reação.
Queria amar você como um dia amei, porque no fundo mesmo amando você sozinho, eu amava, não estava tão vazio, me fazia bem amar você mesmo quando decidi romper nossos laços, pois mesmo não tendo você em meus braços eu tinha você no coração.
Agora meu coração está vago, não há nada além de um buraco, ele não sangra mais e a dor que sinto é a dor de um vazio, como uma úlcera, que ocupa um lugar que deveria habitar algum tipo de sentimento, não é justo que eu não ame mais você, pois tenho medo de não poder amar mais ninguém, e sei que não se vive sem amor. É preciso amar alguém, a reciprocidade não é necessária, desejável sim, mas necessária não, mas amar é fundamental.
Quem me dera sentir aquela dor que me acordava todas as manhãs quando eu olhava para o lado da cama e não sentia seu corpo, não sentia você.
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