sábado, 8 de outubro de 2011

Vinte e poucos anos...

Graves taras hereditárias
(Davy Kemp)

Aos onze a primeira masturbação,
O primeiro toque e a descoberta
Cometendo delitos de porta aberta
Nudez exposta sem nenhuma acusação

Pelos escondem a inocência
Os doces dão espaço ao salgado suor
Mudanças no corpo, tudo fica maior
Desejos sexuais se confundem com carência

Um peculiar interesse por vida noturna
Nenhuma inclinação por masoquismo
Mas leves agressões completam seu fetichismo

Virava a noite sempre sozinho
Em sua imitação de copulo selvagem
Não se preocupava com sua imagem
Transa as oportunidades que lhe cruzam o caminho

Ficava inebriado olhando seu reflexo nu no espelho
Desperdiçava a vida no ralo do seu banheiro
Via como estupidez dividir suor e cheiro

O onanismo marcando toda sua juventude
Acreditava que o sexo casual deixava efeitos nefastos
Odiava humanos que julgavam-se castos
Amava a libertinagem em sua magnitude

Vê hoje os primeiros traços do amadurecimento
Sem se livrar da volúpia e do onanismo
De forma mais tênue, mas presente em seu existencialismo

Na tentativa sem sucesso de se regenerar
No seu impulso cego para libidinagem lasciva
Expondo sua carne de forma promiscuamente agressiva
Vestígios do passado não hão de o abandonar 

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Geri Halliwell

Geri Halliwell
Por que ficar guardando as coisas? Você nunca deve deixar que as suas posses o dominem.